O Livro De Cássia Maria Fernandes Monteiro Trata Da Relação, Pouquíssima Visitada, Entre O Artista Visual Hélio Oiticica E Seu Diálogo Com Diferentes Espaços Cênicos Ao Longo De Sua Carreira. A Própria Ideia De Espaços Cênicos Já É Uma Contribuição Renovadora E Definitiva Para Os Que Pesquisam A Obra Do Artista Carioca, Geralmente Resumida Ao Seu Papel Plástico, Imagético Ou Literário. Cássia Nos Mostra, A Partir De Uma Pesquisa De Excelência, Como A Série De Criações Para Shows, Figurinos, Cenários, Cartazes, Capas De Disco E Outros Elementos Que Fazem Parte Dessas Práticas Vistas Geralmente Como Menores, Foi Um Campo Profícuo Para Oiticica E Sua Arte. Elas São Fruto De Um Momento De Impasse Do Artista, Quando Se Encontrava Entre Os Exílios Em Londres Durante O Ano De 1969 E O Exílio Novaiorquino Entre 1971 E 1977. Partindo De Categorias Fornecidas Pelo Próprio Artista Como A Tropicália, O Programa Ambiental, O Parangoplay Ou O Mundo-abrigo , Cássia Consegue Ampliar Os Estudos Da Fortuna Crítica Para Campos Pouco Ou Nunca Explorados. A Partir Dessa Premissa, Ela Nos Leva A Mergulhos Por Parcerias De Oiticica Com Criadores Tão Diversos Quanto Augusto Boal E A Encenação Do Espetáculo Torquemada, Em Uma Igreja Em Nova Iorque, Até Os Figurinos E Cenários Para O Filme A Cangaceira Eletrônica, De Antônio Carlos Fontoura, Nunca Terminado. O Lançamento De Ambientes To Play, Portanto, Apresenta A Todos Os Públicos Especialistas E Não-especialistas Uma Obra De Referência Tanto Sobre O Trabalho De Hélio Oiticica, Quanto Sobre O Campo Cultural Brasileiro Dos Anos 1960 E 1970.