Arquitetura E Trabalho Livre Ii: De Brasília Aos Mutirões Continua A Série Que Reúne Escritos De Sérgio Ferro, Arquiteto, Pintor E Professor Da Fau-usp (1962-70) E Da École Nationale Supérieure D Architecture De Grenoble (1972-2003), Iniciada Com Arquitetura E Trabalho Livre I: O Canteiro E O Desenho E Seus Desdobramentos. Ainda Nos Primeiros Anos De Faculdade, Sérgio Ferro Juntava-se A Flávio Império E Rodrigo Lefèvre, Aqui Presentes Em Belas Evocações, Para Atuarem Em Conjunto Na Torrente De Agitações Da Década De 1960. Conhecido Hoje Como Grupo Arquitetura Nova, Suas Inquietações Surgiram Durante O Desenvolvimentismo De Jk, Sobretudo Da Contradição Entre, De Um Lado, A Placidez Do Traçado Urbano E Dos Edifícios Que Despontavam Em Brasília, E De Outro, As Degradantes Condições De Trabalho Em Seus Canteiros. Daí Decorreu Uma Postura Crítica Em Relação Aos Arquitetos Ligados Ao Pcb Niemeyer E Artigas À Frente. Em Paralelo, A Reflexão Ganhou Têmpera Com As Leituras De Marx E O Capital Junto A Outros Jovens Professores Da Usp, Ponto Alto Das Ciências Sociais Brasileiras. A Arquitetura Nova Não Confinou Suas Ideias No Papel, Alcançando Uma Franca Ida E Volta Entre Teoria E Prática, Inicialmente Com O Projeto De Casas Para Colegas E Amigos, Depois Em Breves Experiências Na Faculdade De Arquitetura De Santos E Na Construção De Escolas Pelo Interior Paulista. Na Fórmula, Um Projeto De Baixo Custo, Aberto À Invenção No Canteiro, Onde Predominava O Respeito Pelo Saber E Pela Saúde Do Trabalhador. Logo Abreviadas Com O Recrudescimento Da Repressão Política Em 1968, Essas Iniciativas Renasceram Entre 1989 E 1992, Nos Mutirões Habitacionais Realizados Durante A Gestão Municipal De Luiza Erundina Em São Paulo. Completam Os Onze Ensaios Deste Volume Uma Apresentação De Pedro Fiori Arantes, Organizador Da Série, E Uma Saudação A Sérgio Ferro Assinada Por Roberto Schwarz, Amigo De Juventude Do Autor E Companheiro Na Renovação Do Marxismo Realizada Por Sua Geração.