Edição Especial Com Conto Extra. Cinder Não Caberia Em Um Vestido De Baile, De Qualquer Jeito. Mesmo Que Encontrasse Luvas Formais E Sapatos Em Que Pudesse Esconder Suas Monstruosidades De Metal, Seu Cabelo Sem Graça Nunca Iria Segurar Um Cacho, E Não Sabia Nada Sobre Maquiagem. Ela Acabaria Ficando Fora Da Pista De Dança, Tirando Sarro Das Meninas Que Desmaiavam Para Chamar A Atenção Do Príncipe Kai, Fingindo Que Não Estava Com Ciúmes. Fingindo Que Aquilo Não A Incomodava. Embora Estivesse Curiosa Sobre A Comida. E, Agora, O Príncipe A Conhecia, Mais Ou Menos. Ele Tinha Sido Gentil Com Ela No Mercado. Talvez Ele A Chamasse Para Dançar. Por Educação. Por Cavalheirismo, Quando A Visse Sozinha. Essa Fantasia Desmoronou Tão Rapidamente Quanto Tinha Começado. Era Impossível. Não Valia A Pena Pensar. Ela Era Uma Ciborgue E Nunca Iria Ao Baile. Cinder Tem Dezesseis Anos E É Considerada Uma Abominação Tecnológica Pela Maior Parte Da Sociedade, Além De Um Fardo Por Sua Madrasta. Por Outro Lado, Ser Ciborgue Tem Suas Vantagens: A Interface De Seu Cérebro Lhe Deu A Capacidade Sobre-humana De Consertar Tudo Robôs, Aerodeslizadores, Os Próprios Membros Cibernéticos Quebrados , Tornando-a A Melhor Mecânica De Nova Pequim. Sua Reputação Faz Com Que O Herdeiro Do Império, Ninguém Menos Que O Príncipe Kai, Apareça Em Seu Estande Na Feira, Solicitando O Conserto De Um Androide Antes Do Baile Anual. Embora Esteja Ansiosa Para Agradar O Príncipe, Cinder É Impedida De Trabalhar No Androide Quando Peony, Sua Meia-irmã E Única Amiga, É Infectada Por Uma Praga Mortal Que Tem Assolado A Terra Por Anos. Culpando-a Pelo Destino Da Filha, A Madrasta De Cinder A Entrega Como Voluntária Para Os Pesquisadores Procurando Uma Cura Para A Doença, Uma 'honra' À Qual Ninguém Sobreviveu Até Então. Logo, Porém, Os Pesquisadores Descobrem Algo Incomum Na Cobaia Recém-adquirida. Algo Pelo Que Certas Pessoas Estão Dispostas A Matar.