Neste Livro Magnífico E Original, Stephen Batchelor Trata Da Solidão Como Uma Prática, Um Modo De Vida – Assim Como Entendida Por Buda E Também Por Montaigne –, Em Vez De Analisá-la Como Um Estado Psicológico Destacado. O Autor Reconhece O Isolamento E A Alienação Como Os Lados Sombrios E Trágicos Da Solidão. Porém, Entremeados Em Nossa Condição Mortal, Eles São Igualmente Parte Do Que Significa Ser Só, Seja Numa Cela Monástica, Num Estúdio De Artista Ou Num Casamento Problemático. A Solidão, Assim Como O Amor, Representa Uma Dimensão Por Demais Complexa E Primordial Da Vida Humana Para Que Possa Ser Capturada Numa Única Definição. Esta Obra Não Pretende “explicar” A Solidão. Procura Revelar Sua Dimensão E Profundidade, Contando Histórias De Seus Praticantes.
segundo Batchelor, O Livro É Uma Exploração Multifacetada Daquilo Que Sustentou A Própria Prática De Solidão Do Autor Durante Os Últimos Quarenta Anos: Passar Temporadas Em Lugares Remotos, Apreciar Obras De Arte E Trabalhar Com Arte, Praticar Meditação E Participar De Retiros, Tomar Peyote E Ayahuasca, Além De Treinar A Sua Mente Para Se Manter Aberta E Questionadora, Tudo Isso Contribuiu Para Sua Capacidade De Ficar Só E À Vontade Comigo Mesmo.
há Mais Na Solidão Do Que Simplesmente Estar Só. A Verdadeira Solidão É Um Modo De Ser Que Necessita De Cultivo. Não Se Pode Ligá-lo Ou Desligá-lo À Vontade. A Solidão É Uma Arte. É Necessário Um Treinamento Mental Para Refiná-la E Estabilizá-la. Ao Praticar A Solidão, Você Se Dedica Ao Cuidado Da Alma. A Noção De Solidão, Para Aqueles Que Rejeitaram A Religião Em Favor Do Humanismo Secular, Talvez Sugira Comodismo, Ego- Centrismo Ou Solipsismo. Inevitavelmente, Algumas Pessoas São Atraídas Pela Solidão De Modo A Escapar De Responsabilidades E Evitar Relacionamentos. Mas Para Muitas, Ela Proporciona Tempo E Espaço Para Desenvolverem A Calma E A Autonomia Necessárias A Um Envolvimento Eficaz E Criativo Com O Mundo. Momentos De Tranquila Contemplação, Seja Diante De Uma Obra De Arte Ou Ao Observar A Própria Respiração, Permitem Que A Pessoa Repense O Significado De Sua Vida E Reflita Sobre O Que Lhe É Mais Importante. A Solidão Não É Um Luxo Para Os Poucos Que Dispõem De Horas Vagas. É Uma Dimensão Inescapável De Ser Humano. Não Importa Se Somos Crentes Devotos Ou Ateus Devotos, Na Solidão Confrontamos E Exploramos As Mesmas Questões Existenciais.