Organizado Pelas Fundadoras Da Pública, Este Livro Reúne Dez Artigos — Além De Introdução, Prefácio E Posfácio — Sobre A Atuação E A Relevância Da Primeira E Mais Inovadora Agência De Jornalismo Investigativo Do País Desde Sua Fundação, Em 2011, Na Esteira Das Revelações Do Wikileaks. De Lá Pra Cá, Foram Mais De Cinquenta Prêmios Nacionais E Internacionais, E Centenas De Reportagens Essenciais Para A Compreensão Da Realidade Brasileira. Furos, Mentiras E Segredos Revelados É Leitura Fundamental Para Quem Busca Respostas Aos Dilemas Vividos Pelo Jornalismo Em Tempos De Facebook, Whatsapp E Fake News.
a Pública Entendeu Que A Prática Jornalística Não É A De Reportar, Ser Mero Instrumento Mediador, Mas Colocou-se Como Sujeita De Seu Tempo: Penso, Por Exemplo, Quando A Agência Se Imbuiu Do Compromisso De, A Partir De 2018, Priorizar Investigações Relacionadas Com O Governo Jair Bolsonaro, A Primeira Experiência Brasileira Com Uma Gestão De Extrema Direita. A Expressão, Aliás, Não Foi Um Problema Para A Pública No Momento De Definir O Atual Presidente — Ao Contrário De Boa Parte Da Imprensa Brasileira, Que Preferiu Tratar Com Naturalidade As Inúmeras Violências Presentes No Discurso Racista, Classista E Misógino Do Chefe Do Executivo.
a Agência Pública Concentra Uma Das Maiores Esperanças Práticas Para O Jornalismo Brasileiro. Os Que Gostam De Usar O Substantivo “inovação” Podem Dizer Sem Hesitar Que A Pública Encarna A Mais Significativa Inovação Da Imprensa Brasileira Na Última Década. Inovação Mesmo. Inovação Humanista, Muito Mais Do Que Tecnológica Ou Financista. […] É Assim Que Ela Nos Brinda Com Uma Esperança Prática, Em Cada Uma Das Vírgulas Que Publica — Que Torna Públicas —, Como A Nos Alertar De Que O Futuro Da Imprensa Passa Por Saber-se Função Pública, Não Apenas Por Prestar Um Serviço De Interesse Coletivo, Mas Porque O Ofício Jornalístico É Antes De Natureza Pública Do Que De Natureza Privada Ou Profissão Liberal. Nesse Sentido, O Melhor Do Jornalismo Não Apenas Não Se Acomoda Por Inteiro Nos Limites Da Propriedade Privada, Como, Em Muitas Circunstâncias, É Incompatível Com Eles. E, Por Favor, Não Há Nenhum Ranço Nostálgico De Utopias Vencidas, Mas Apenas Uma Visão De Futuro, Que Considera Que O Jornalismo Pode Ter Outros Modelos Institucionais Que Não Se Confinem Dentro Dos Tão Falados “modelos De Negócio”.