A História Deste Livro Começa Pelo Seu Título Instigante, Onde (quando) Uma Vírgula Muda Tudo De Lugar E Amplia Os Sentidos De Ir, Embora – Modulando O Ponto De Partida E Abrindo Novos Caminhos Para A Leitura Desde A Primeira Seção, Também Significativamente Intitulada “voltar”. Pois É Esta Habilidade Em Criar Novos Sentidos Que Se Destaca Na Escrita De Lívia Lemos Duarte, Ao Mesmo Tempo Em Que Ela Constrói Uma Narrativa Poética Muito Própria E Nos Conduz Por Tempos E Lugares Inesperados, Entre A Viagem E A Memória. A Montagem Das Quatro Partes Do Livro, Partindo Da Chegada, Fluindo Como O Movimento Dos Rios Ou Das Marés E Fechando Com As “cartas A Nigela”, Que Se Encerram Com O Verso Que Dá Nome Ao Livro, Remete E Convida Logo A Uma Releitura, Pois Esta É Uma Daquelas Obras Que Nos Traz Novas Descobertas A Cada Visita.
o Corpo, A Língua, A Palavra, Folhas, Formigas, Pássaros E Árvores, Paisagens Exóticas, Impressões, Histórias E Personagens Que Montam Uma Cartografia Íntima E Singular, Multiplicada E Dividida Ao Longo Dos Versos E Das Páginas, Afinal “cada Uma Se Veste Com As Lembranças Que Possui”.