Este Estudo Crítico Defende Que É Possível Aproximar A Produção Narrativa De Jorge Luis Borges E José Saramago Tendo Como Guia A Imagem Do Labirinto, Selecionando Três Grandes Perspectivas Em Que Ela Se Desdobra. A Primeira Delas É A Espacial. Ambos Os Escritores Tendem A Descrever Os Ambientes Por Onde Circulam Os Personagens, Traçando Uma Analogia Com As Definições E Características Labirínticas Acumuladas Ao Longo Do Tempo. Em Segundo Lugar Está A Evocação Do Labirinto Na Própria Escrita, Na Forma De Organizar Os Textos, Na Pontuação E, Principalmente, No Tom Ensaístico-filosófico E Nas Notas Digressivas Intercaladas Ao Enredo. Por Último, A Busca Pela Identidade Também Se Associa A Vias Labirínticas, Na Medida Em Que Se Compõe Como Um Trajeto Cheio De Incertezas, Objetivando Chegar Ao Centro, Isto É, Ao Encontro De Um Eu Consigo Mesmo E Com Um Outro.