Este É O Diário De Uma Reabilitação. A Escrita Com A Mão Machucada: Breve E Precisa. Rápida E Indolor, A Leitura Toma A Forma De Um “jogo Da Memória”. Diverte Quem Souber Percorrer Suas Trilhas De Repetições, Metonímias E Jogos De Palavras Ou, De Outro Modo, Quem Quiser Se Entregar À Lentidão, À Pacatez. Um Labirinto Tragicômico De Diagnósticos, Benzeduras E Analgésicos Culmina Na Percepção Da Dor Como Um Fenômeno Vazio, Que Resiste À Significação. Onde Linguagem E Mundo Se Confundem, O Efeito Do Que É Dito Recai Não Apenas Sobre O Corpo Ou A Percepção Da Protagonista, Mas Sobre As Coisas Elas Mesmas – Conversão Ou Contágio? Entre O Artificial E O Orgânico, As Mãos Do Lusco-fusco: Meio Implantes, Meio Selfmade. E A Narradora Nascendo Ora De Um Autoesforço, Ora De Um Encontro Com A Alteridade, Entre A Mão Machucada E A Imaginada.