Maria Altamira Narra A Emocionante Trajetória De Mãe E Filha: Ainda Que As Duas Sigam Caminhos Distintos, Ambas Testemunham Miséria, Injustiças E Devastação Ambiental.
em 1970, Um Terremoto Provoca O Soterramento Da Cidade De Yungay, No Peru. Uma Das Poucas Sobreviventes É Alelí, Jovem Que Perde Os Pais, Os Irmãos, O Namorado E A Filha. Em Choque, Parte Sem Rumo, Percorrendo Vários Países Da América Do Sul. Numa Das Paradas, Conhece Manuel Juruna, Que Se Encanta Com Ela E A Leva Para A Aldeia Do Paquiçamba, Na Volta Grande Do Xingu, Pará. Alelí Quase Encontra A Paz Na Nova Vida: Quando Está Prestes A Dar À Luz Um Filho De Manuel, Ele É Encontrado Morto, Vítima De Um Pistoleiro Contratado Por Madeireiros Da Região. De Novo Assolada Por Uma Tragédia, Deixa A Aldeia E Chega À Cidade De Altamira, Onde É Acolhida
pela Enfermeira Chica. Convencida De Que Traz Má Sorte A Quem Ama, Alelí Abandona A Recém-nascida, Que Recebe O Nome De Maria Altamira.
anos Depois, Maria Altamira Acompanha Com Indignação As Obras Da Usina Hidrelétrica De Belo Monte, Certa De Que Destruirá A Vida De Comunidades Ribeirinhas E Indígenas Do Rio Xingu. Muda-se Para São Paulo Em Busca De Oportunidades E Vai Morar Num Prédio Ocupado No Centro Da Cidade, Onde Abraça A Causa Dos Sem-teto. Em Seu Trabalho Em Um Escritório De Advocacia, Consegue Orientações Para Encontrar O Assassino Do Pai.
o Destino, Por Fim, Unirá Mãe E Filha, Mulheres Fortes E Tão Marcadas Pela Destruição?
quem É Maria José Silveira?
maria José Silveira É Escritora, Editora E Tradutora. Formada Em Comunicação (universidade De Brasília, Unb) E Antropologia (universidad Mayor De San Marcos, Lima/peru), É Também Mestre Em Ciências Políticas Pela Usp. É Goiana E Mora Há Vários Anos Em São Paulo. Seu Primeiro Romance, A Mãe Da Mãe De Sua Mãe E Suas
filhas, Publicado Originalmente Em 2002, Recebeu O Prêmio Revelação Da Apca E Foi Relançado Em Edição Ampliada Em 2019, Depois De Ser Editado Em Vários Países Da Europa E Nos Eua. Maria Altamira É Seu Sétimo Romance.
por Que Ler Este Livro?
• É Uma História Atual Que Traça Um Paralelo Entre Dois Acidentes Ambientais: Um Desastre Natural, O Terremoto Nos Andes Peruanos, Em 1970, E O Ocorrido Na Região De Altamira Com A Construção Da Usina Hidrelétrica De Belo Monte, Uma Intervenção Do Homem Na Natureza.
• Nas Ilustrações Que Compõem A Capa, Os Contornos Da América Ganham Estampas Inspiradas Em Grafismos De Povos Indígenas. E O Papel Kraft Simboliza A Terra Que Não Precisa De Donos, Mas Que Desde O Começo Das Civilizações É Disputada E Subjugada Pelos Homens.
• Maria José Silveira Usa Linguagem Direta, Como A De Seus Personagens, Para Narrar Alternadamente – E Com Maestria – A História De Alelí, De Maria E Da Cidade De Altamira. As Mulheres Indígenas São As Protagonistas Do Livro: Enquanto Alelí Alterna Indiferença E Agressividade Para Lidar Com A Vida Que É Obrigada A Levar A Partir Dos 16 Anos, Maria Altamira É A Jovem Determinada Que Luta Para Ter Uma Vida Íntegra.
• É Também Autora De Cerca De Vinte Livros Infantojuvenis — Muitos Deles Premiados E Adotados —, Participou De Coletâneas E Antologias E Escreve
para Teatro.