Este Pequeno Livro, O Primeiro De Tantos Publicados Pela Poeta Italiana Patrizia Cavalli, É De 1974. Anos 70, Portanto, E De Dentro Dessa Década, Marcadamente Ideológica Na Itália, Surge Uma Poesia Feita De Outras Urgências. Mais Do Que Históricas – Embora Também O Sejam – Essas Urgências São Fruto Da Necessidade De Dar Forma A Pensamentos Que Parecem Passar Voando, Ainda Que Se Saiba Que Existam Porque Se Dão Ali E Agora No Poema. Quase-filosofia Ou Quase-poesia, Simulando, Disfarçando A Matéria Literária Ou O Conceito Pela Escolha Precisa Daquilo Que É Mais Vivo Na Língua. Uma Poesia Veloz Que Parece Canto, Falada E Falável, Que Se Constrói Numa Musicalidade Verbal Elaborada, Mesmo Quando Soa Como Muito Simples. Feita De Palavras Que Vêm Da Rua, De Uma Cidade, De Uma Casa Com Seus Amores E Tristezas: O Barulho Dos Dedos Que Correm Pelo Corrimão, O Tempo Da Ansiedade Ao Subir Os Degraus Para Chegar À Casa Onde Alguém Nos Espera.