O Socialismo Soviético Instaurou Campos De Trabalhos Forçados, Os Chamados Gulags, Com Motivações E Características Muito Distintas De Outros Regimes Autoritários E Que Ainda São Pouco Estudados. Os Documentos Históricos Mais Importantes São Narrativas De Quem Esteve Lá, Que Foram Registrados Em Momentos De Fuga Após A Libertação Ou Escritos Durante O Cárcere, E Transmitem Todo O Clima Daquele Momento. A Vida De Tchernavin Um Simples Engenheiro Sem Ativismo Político Adversário É Revirada De Uma Hora Para Outra. A Narrativa Da Chegada De Oficiais A Sua Casa Ao Envio Para Um Gulag, Sem Provas De Crimes, Parece Obra De Ficção. Seu Relato Nos Permite Conhecer As Histórias Em Primeira Pessoa, Ouvir O Testemunho De Quem Vivenciou O Terror E Vislumbrar, Ao Lado Das Vítimas, A Miséria Humanitária E Espiritual A Que O Socialismo As Condenou. E Só Assim É Possível Compreender As Estratégias De Sobrevivência, As Técnicas Para Manutenção Da Sanidade, Os Resquícios De Solidariedade E Senso De Humor Daqueles Que Se Mantinham Humanos Em Meio Ao Inferno Da Utopia. Vladimir V. Tchernavin Apresenta-nos Essa Realidade Com Maestria. A Sua Escrita Corre Como Um Filme: Com Aventura, Suspense E Análises De Excepcional Clareza, Como Numa Mistura De Documentário E Thriller Em Que Logo Nos Vemos Ao Lado Do Protagonista, Sofrendo Com Ele E Torcendo Pelo Sucesso De Seus Planos De Fuga. Eu Conto A Minha Própria História Porque Acredito Que Apenas Dessa Maneira Poderei Cumprir A Obrigação Moral Que Um Destino Generoso Me Impôs Quando Me Ajudou A Escapar Do Terror Soviético O Dever De Falar Por Aqueles Cujas Vozes Não Podem Ser Ouvidas. Em Silêncio, Eles São Enviados Aos Campos De Concentração Na Condição De Prisioneiros, Em Silêncio, Eles São Torturados E Mortos. [...] Vladimir V. Tchernavin.