O Sonho É O Monograma Da Vida Retraça A Teia Verbal, Conceitual, Imagética Que Vincula A Criação Literária De Jorge Luis Borges À Filosofia De Arthur Schopenhauer. Os Rastros De Schopenhauer Estão Em Toda Parte. Do Primeiro Encontro Com As Obras Do Filósofo Na Genebra Da Primeira Guerra Mundial Aos Relatos, Poemas E Ensaios Da Maturidade Em Buenos Aires, Borges Não Cessa De Citar, Comentar, Destilar A Lição Idealista Do Alemão. Ao Longo Desse Denso Diálogo Textual, Vão Se Redefinindo Todos Os Temas E Instrumentos Da Escrita Borgiana: Caráter E Ação, Personagem E Trama, Memória E Sonho, Metáfora E Tempo. Unindo Crítica E Filosofia, Márcio Suzuki Mostra Como, Por Essa Via, O Autor Argentino Chega À Formulação De Um Programa Fantástico-idealista E A Um Modo Originalíssimo De Figuração Narrativa E Poética Da História Individual, Sul-americana, Universal. Por Fim, Num Excurso Surpreendente, O Ensaio Cruza A Fronteira Para Perseguir O Ressurgimento Dos Mesmos Temas Na Obra De Outro Leitor De Schopenhauer, O Brasileiro João Guimarães Rosa. Se A Cadência É Outra, Se Os Jagunços De Rosa Não Se Confundem Sem Mais Com Os Gauchos De Borges, Permanece, Porém, O Essencial: A Necessidade De Enfrentar O Curso Cego Da História E Do Destino Com As Armas De Uma Valentia Fatalista.