Quem Poderá Dizer Quem Eu Sou? E Quem Poderá Contar A Minha História? Enquanto A Filosofia, Desde Platão, Busca O Universal Abstrato, A Narração Atividade Encarnada Na Figura Feminina De Sherazade, A Tecelã Dos Contos Volta-se Para Os Detalhes De Uma História Única, Irrepetível. A Delicada Arte Da Narração Confere A Cada Ser O Seu Desenho Unitário Em Um Espaço Sempre Relacional, Exposto Ao Olhar E À História Do Outro. A Filósofa Adriana Cavarero Discute Nesta Obra, Citada E Celebrada Por Elena Ferrante Em Seu Livro De Ensaios, Como Nossa Identidade É Tanto Descoberta Quanto Moldada Pelas Histórias Que Ouvimos E Contamos. É Por Meio Da Narração Que Conseguimos Dar Sentido Às Experiências E Organizar As Memórias Que Formam Quem Somos. Em Uma Fina Análise De Obras Literárias, Poesia, Mitos Antigos E Evocando As Práticas Feministas Italianas De Grupos De Autoconsciência, Cavarero Elabora Uma Filosofia Da Narração Que, Confiada Às Mulheres E Ao Amor A Vida, Se Apresenta Como Antídoto Para O Pensamento Masculino, Dedicado À Definição Abstrata E À Morte. 'o Texto De Cavararo É Um Dos Mais Brilhantes, Matizados, Inspiradores E Eruditos Estudos Em Filosofia E Literatura Produzido Por Uma Acadêmica Feminista Nos Últimos Anos. É Um Puro Prazer De Ler.' Judith Butler