Em Um País Onde O Estado É Tão Presente, Como No Brasil, Os Estudos Sobre As Relações Entre Esse Estado E A Sociedade Têm Produzido Uma Vasta Bibliografia. Visto Sob Esse Prisma, Uma Nova Obra Abordando As Relações Entre Estado E Um Segmento Particular Da Sociedade, O Empresariado Industrial, Somente Se Justifica Se Trouxer Um Novo Olhar Sobre Essa Temática. É Justamente Isso Que O Livro De Juarez Varallo Pont Oferece Aos Leitores. Alicerçado Em Detalhada Pesquisa E Respaldado Na Melhor Literatura Sobre O Tema, O Autor Mostra Uma Visão Distinta Daquela Que, Recorrentemente, Percebe O Estado Como Agente Político Dominante Nessa Relação. Ao Contrário, Segundo Pont, É Preciso Relativizar A Tese De Imposição/submissão, Pois Se As Organizações De Classe Do Setor Industrial, Em Regra, Não Se Manifestam Ostensivamente Quando Das Mudanças De Regime, É Porque Historicamente Lançam Mão Da Estratégia De Não Se Contrapor Aos Novos Governantes Para Poder Entrar Na Coalizão E Dali Se Fortalecer Aos Poucos. Essa Estratégia, Atende Pelo Nome De Pragmatismo. O Autor Também Introduz Outra Varíável De Análise, Que Visa A Preservar Os Interesses Do Empresariado Industrial, O Corporativismo. Mediante Esse Novo Olhar Sobre A Relação Estado/sociedade, O Autor Identifica A Crescente Presença Do Empresariado Em Outras Arenas Políticas, O Congresso Nacional, Em Especial, Como Forma De Ampliar A Defesa De Seus Interesses. Na Parte Final Do Trabalho, O Autor Analisa Como A Ação Dos Governos, Instaurados Desde 1990, Atendem (ou Não) Os Interesses Do Empresariado Industrial, O Que Torna A Obra Corporativismo E Pragmatismo: Empresariado Industrial E Estado No Brasil (1990-2018), Leitura Obrigatória Para O Entendimento Dessa Complexa Relação.