“o Tempo É A Única Coordenada Certeira Que Temos Nesta Vida. Se Estivermos De Acordo Com Ele, Tudo Corre A Favor”, Diz O Homem Do Rádio — Mas Lembranças Antigas São Criaturas Que Debocham De Qualquer Certeza. Safira Com Alabastro Desvela Encontros E Desencontros No Bairro Pequeno De Uma Cidade Grande. Cada Face De Uma Pedra Tem O Seu Próprio Reflexo Quando Exposta À Luz. É Preciso Entrar Em Trabalho De Parto, Para Que Nasça O Passado E Se Despeça Com Amor De Mãe."
"o Que Diz O Silêncio - “é Preciso Gravar O Silêncio Para Ouvi-lo De Vez Em Quando.” E É Assim Que Me Veio Esse Livro, Tão Cheio De Silêncios, Daqueles Onde Arquitetamos Os Sonhos Mais Bonitos. Sempre Fui Fascinada Pela Descrição Da Infância. Amo O Livro Cuore De Edmondo De Amicis Por Isso. É Um Modo De Revisitar O Sublime Que Existe Entre O Amarrar Decadarços Do Sapato Do Menino E O Dançar Preguiçoso De Uma Cortina Ao Vento. A Casa Respira Por Suas Janelas, De Seus Olhos Grandes Elas Observam O Homem. O Homem-menino Se Aventura Na Rua. Cada Um Cumpre O Seu Ofício De Viver. Tudo É Calma E Contentamento. É Tão Bonito Esse Universo. É Como Se Uma Pintura Naïf Ganhasse Vida Etodos Seus Personagens Saltassem Do Quadro Para Contar Suas Histórias. Tão Bonito Que Chega A Doer. E Dói Mesmo. Mas É Uma Dor Também Contentada. Como Se Além Da Dor Da Vida Vivida, Existisse A Noção De Uma Outra Vida Maior Que Essa Que Se Dá E A Qual Todos Nós Respeitamos. Um Mundo Onde O Rumor Do Mar Cicatriza Aos Poucos A Pele Dilacerada, Onde Os Ossos Das Crianças Crescem Em Tom Singelo. É Preciso Deixar A Vida Seguir Seu Fluxo Sobre Nós. Como A Música. E, Nesse Segundo Livro Da Renatapy, Conseguimos Sentir A Música Da Vidas E Apossar De Todos Os Nossos Poros. É Um Romance Com Os Sopros De Clarissa Do Veríssimo. Um Descanso Dos Dias Enlouquecidos De Hoje. A Escrita Da Renata É Chuva Larga No Calor Das Pedras. É Uma Valsa Emocionada. Uma Flor Guardada No Livro. Porque, Às Vezes, Tudo Que Precisamos É Ter A Ousadia De Nos Diluirmos No Vento. Esse Livro Tem."
beatriz Aquino