Conciliando Teoria Social, Filosofia E Psicanálise De Maneira Bastante Original, Judith Butler Propõe Aqui Uma Análise Que Já Estava Implícita Em Outros Trabalhos Seus, Como Corpos Que Contam: Sobre Os Limites Discursivos Do Sexo E Problemas De Gênero: Feminismo E Subversão Da Identidade. A Autora Se Vale De Hegel, Nietzsche, Freud, Foucault E Althusser Para Propor Uma Teoria Da Formação Do Sujeito Que Entende Como Sendo Ambivalentes Os Efeitos Psíquicos Do Poder Social. Embora Boa Parte Dos Leitores De Foucault Evite A Teoria Psicanalítica, E Boa Parte Dos Pensadores Da Psique Evite Foucault, Butler Busca Aqui Teorizar A Relação Entre O Social E A Psique Como Um Dos Mais Dinâmicos E Complexos Efeitos Do Poder. Considerando A Questão Da Subjetividade E Da Consciência De Si, A Autora Faz Uma Investigação Crítica Sobre O Processo De Formação Do Sujeito Que Revela O Sujeito Consciente De Si Como Paradoxo Necessário, Ela Interroga Como O Poder Produz Subordinados E Como Estes Vêm A Se Entender Como Tais.